quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
sábado, 24 de janeiro de 2009
Gerir a imagem mediática de um atleta
Ontem, Loïc Pedras, gestor de atletas olímpicos, falou na conferência. Retirei uma parcela da sua comunicação onde ele salienta a importância de gerir a imagem dos atletas em termos de media.
Etiquetas:
Media
NOTÍCIA DA LUSA SOBRE A CONFERÊNCIA
Lisboa, Portugal 22/01/2009 15:46 (LUSA)
Temas: Língua, Media, Religião, Desporto, Futebol
Lisboa, 22 Jan (Lusa) - O futebol tem analogias com as religiões nos rituais, nas imagens e nos símbolos, defendeu hoje Eduardo Cintra Torres, professor da Universidade Católica.
Falando na conferência sobre Media e Desportos, organizada pela Universidade Católica, Cintra Torres destacou que os adeptos dos clubes são uma comunidade com rituais, comportamentos e até discursos semelhantes e o futebol funciona como um unificador colectivo e um cimento social, com um sentimento de pertença.
Aquele professor da Universidade Católica salientou que alguns símbolos clubistas têm semelhanças com os totens das religiões primitivas e mostrou fotografias de adeptos pintados e com símbolos dos clubes, adeptos a rezarem ou aparentando um estado de transe. Acrescentou o facto de se designar como "catedral" estádios de futebol.
Cintra Torres citou uma sondagem de 2002 em que quase dois terços dos inquiridos afirmam que preferem assistir às transmissões televisivas de futebol acompanhados, o que revela claramente a natureza social de assistir a um jogo e a extensão da função social do futebol. Aquele professor universitário destacou que o futebol se tornou "um dogma na vida diária, nos media e também na forma como outros subsistemas, como o político, agem em relação a ele", vendo o futebol pela sua própria verdade, sem uma visão distanciada, o que "é especialmente visível na cobertura do futebol pelos media".
Joachim Born, professor da Universidade de Giessen (Alemanha), disse que existe uma linguagem desportiva que é utilizada pelos aficionados do desporto, praticantes e adeptos, tanto falada como escrita, que é comum aos diversos estratos sociais.
Born indicou que "cada modalidade desportiva possui a sua própria linguagem", com as diferentes linguagens desportivas a apresentarem traços comuns e estereótipos mas sendo, simultaneamente, muito diferenciadas entre si.
O professor da Universidade de Giessen observou que a linguagem desportiva, sendo especializada, "inclui significações técnicas muito precisas" e sublinhou a influência dos jornalistas na criação e difusão dessa linguagem. Hoje "é possível constatar que as metáforas militares estão cada vez mais ausentes das publicações jornalísticas e das reportagens televisivas" e são "as metáforas desportivas que invadem a linguagem quotidiana e/ou política".
Bernd Sieberg, professor da Universidade de Lisboa, adiantou que os blogues usam uma linguagem escrita de proximidade, mais próxima da linguagem falada, que é visível nos blogues portugueses sobre desporto, "carregados de emoção e espontaneidade". Sieberg precisou que os blogues de desporto usam uma linguagem de proximidade, utilizando expressões como "é pá", "bolas", "rai's parta" ou interjeições como "ui", e passam para a escrita muitos elementos da linguagem oral.
Aquele professor da Faculdade de Letras observou que novos meios de comunicação na Internet, como o Messenger ou os "chats" provocam um aumento da escrita idêntica à linguagem oral. Sieberg revelou que os artigos iniciais dos blogues estão normalmente mais próximos da linguagem escrita tradicional e os comentários mais próximos da linguagem oral e funcionam frequentemente como um diálogo entre os comentadores.
FVZ.
Lusa/fim
Temas: Língua, Media, Religião, Desporto, Futebol
Lisboa, 22 Jan (Lusa) - O futebol tem analogias com as religiões nos rituais, nas imagens e nos símbolos, defendeu hoje Eduardo Cintra Torres, professor da Universidade Católica.
Falando na conferência sobre Media e Desportos, organizada pela Universidade Católica, Cintra Torres destacou que os adeptos dos clubes são uma comunidade com rituais, comportamentos e até discursos semelhantes e o futebol funciona como um unificador colectivo e um cimento social, com um sentimento de pertença.
Aquele professor da Universidade Católica salientou que alguns símbolos clubistas têm semelhanças com os totens das religiões primitivas e mostrou fotografias de adeptos pintados e com símbolos dos clubes, adeptos a rezarem ou aparentando um estado de transe. Acrescentou o facto de se designar como "catedral" estádios de futebol.
Cintra Torres citou uma sondagem de 2002 em que quase dois terços dos inquiridos afirmam que preferem assistir às transmissões televisivas de futebol acompanhados, o que revela claramente a natureza social de assistir a um jogo e a extensão da função social do futebol. Aquele professor universitário destacou que o futebol se tornou "um dogma na vida diária, nos media e também na forma como outros subsistemas, como o político, agem em relação a ele", vendo o futebol pela sua própria verdade, sem uma visão distanciada, o que "é especialmente visível na cobertura do futebol pelos media".
Joachim Born, professor da Universidade de Giessen (Alemanha), disse que existe uma linguagem desportiva que é utilizada pelos aficionados do desporto, praticantes e adeptos, tanto falada como escrita, que é comum aos diversos estratos sociais.
Born indicou que "cada modalidade desportiva possui a sua própria linguagem", com as diferentes linguagens desportivas a apresentarem traços comuns e estereótipos mas sendo, simultaneamente, muito diferenciadas entre si.
O professor da Universidade de Giessen observou que a linguagem desportiva, sendo especializada, "inclui significações técnicas muito precisas" e sublinhou a influência dos jornalistas na criação e difusão dessa linguagem. Hoje "é possível constatar que as metáforas militares estão cada vez mais ausentes das publicações jornalísticas e das reportagens televisivas" e são "as metáforas desportivas que invadem a linguagem quotidiana e/ou política".
Bernd Sieberg, professor da Universidade de Lisboa, adiantou que os blogues usam uma linguagem escrita de proximidade, mais próxima da linguagem falada, que é visível nos blogues portugueses sobre desporto, "carregados de emoção e espontaneidade". Sieberg precisou que os blogues de desporto usam uma linguagem de proximidade, utilizando expressões como "é pá", "bolas", "rai's parta" ou interjeições como "ui", e passam para a escrita muitos elementos da linguagem oral.
Aquele professor da Faculdade de Letras observou que novos meios de comunicação na Internet, como o Messenger ou os "chats" provocam um aumento da escrita idêntica à linguagem oral. Sieberg revelou que os artigos iniciais dos blogues estão normalmente mais próximos da linguagem escrita tradicional e os comentários mais próximos da linguagem oral e funcionam frequentemente como um diálogo entre os comentadores.
FVZ.
Lusa/fim
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
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